Mordomas
de Cristina Rodrigues
11 Junho – 30 Setembro,
no Museu Municipal de Caminha
Instalação de arte composta por 16 esculturas da figura humana em ferro, com 2,10 metros de altura. Cada escultura é vestida com uma saia têxtil com 1,20 metros de diâmetro.








Um caminho de norte a sul
Mateo Feijóo
Curador


Este projeto é composto por duas linhas de trabalho: uma científica, de identificação e estudo de aspetos do património cultural imaterial; e outra artística, que envolve a criação de um projeto artístico a partir da observação e do encontro com a atividade selecionada no âmbito do património. Trabalharemos as danças rituais em Cumbres Mayores, Fregenal de la Sierra, Encinasola e Hinojales.
Ao começar a investigar o material antropológico e a visionar diversos materiais relativos às danças rituais, com o objetivo de decidir que artista convidar para construir o projeto artístico, Cristina Rodrigues surgiu de imediato, como um olhar inspirador e criativo. A minha surpresa seria enorme uma vez que, ao convidá-la para integrar o projeto, ela me disse estar a trabalhar com as danças rituais de Caminha, no norte de Portugal. Já nada nos impediria de prosseguir: começámos a trocar ideias e possibilidades, à distância, e a desenvolver o plano de trabalho para abril, altura em que iríamos percorrer todos os locais selecionados nas regiões de Huelva e Extremadura.
Cristina aproxima-se sem invadir os territórios que lhe são estranhos, quer transmitir-nos um mundo que não conhecemos, apresentá-lo a partir da emoção, da cor, da forma, da simplicidade, da limpeza da imagem. Cristina Rodrigues distancia-se do supérfluo para apresentar cada entrevistado com a máxima dignidade. Cada pessoa ligada à dança transmitir-nos-á as suas razões para tamanha dedicação, muitos serão os que dirão que as suas vidas são atravessadas por este sopro de dedicação ao ritual da dança e a tudo o que implica, à construção de uma comunidade que os une.
Era, para mim, fundamental contar com Cristina Rodrigues pois sinto que é uma artista capaz de despertar em nós o sentido do maravilhoso, elevando o projeto ao plano contemplativo. Cristina tem a capacidade de construir imagens a partir da experiência. A repetição é como uma oração, tece para compor, mãos artesãs que erguem arquiteturas no momento de colorir o espaço.
A obra de Cristina Rodrigues possui o dom de nos unir e avivar através dos afetos e das emoções que consegue transmitir. Talvez isso se deva ao facto de as suas esculturas criarem um novo lugar que nos pertence a todos. Cristina consegue transformar os espaços a partir do cuidado, tendo sempre presente a ideia de comunidade.
Durante esta viagem, percebi que Cristina Rodrigues não substitui ninguém, pelo contrário, agrega as competências e as emoções de todos quantos participam no projeto ao longo do tempo, criando condições perfeitas para o afeto e a emoção, e é assim que chega à infinita variedade de mundos percetivos.

Mordomas – Documentário
Nota Biográfica
Cristina Rodrigues é uma artista plástica portuguesa nascida em 1980, na cidade do Porto. Aí estudou e começou a sua carreira profissional como arquiteta, mudando-se mais tarde para Lisboa e depois para o Algarve. Em 2009 emigrou para Manchester, Reino Unido, onde lecionou na Manchester Metropolitan University, trabalhou no centro de investigação de Arte e Design da mesma universidade e desenvolveu o seu doutoramento. Nessa altura iniciou a sua carreira como artista plástica, que a trouxe de volta ao seu país de origem.
Cristina Rodrigues é Doutora em Arte e Design pela Manchester School of Art (2016), MPhil em História Medieval e do Renascimento pela Universidade do Porto (2007) e Licenciada em Arquitetura pela Universidade Lusíada (2004).
O seu trabalho artístico foi apresentado na Europa, Ásia e América do Sul em diversas exposições a solo. Estas mostras incluem: Clamor da Maré Cheia (2021), no Jardim do Museu Nacional de Arqueologia – Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa; no Cais da Alfândega Régia de Vila do Conde; na Vinha do Mosteiro de Santo André de Ancede, Baião; e junto ao Fórum Cultural de Ermesinde; Travessia(2020), no Centro de Cultura Contemporânea, em Castelo Branco; A Casa é a Catedral da Vida (2019), no Naves Matadero, em Madrid; O Horizonte (2019), na Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea, em Viseu; Ecos do Mar (2018), no The Hillside Forum, em Tóquio, Japão; O Sudário (2017-2018), no Naves Matadero, em Madrid, Espanha; O Reino dos Céus (2017), na Catedral de Manchester, Reino Unido; Retrospectiva (2017), no Centro de Cultura Contemporânea, em Castelo Branco; O Sudário, na Colombo Art Biennale 2016, na Catedral de Colombo, no Sri Lanka; e A Paixão (2016), uma exposição distribuída por cinco dos mais icónicos monumentos de Sevilha, em Espanha: Fundação Valentín de Madariaga y Oya; Pavilhão de Portugal; Universidade de Sevilha; Casa de la Provincia e Real Alcázar de Sevilha.
Várias obras da artista plástica integram coleções de museus e entidades públicas, nomeadamente: a Catedral de Manchester e o Cheshire East Council, no Reino Unido; o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso; o Município de Castelo Branco; o Município de Viseu; o Município de Vila do Conde; o Município de Baião, o Município de Valongo e o Estado Português. Recentemente, Memories of the Sea, composta por três instalações suspensas a partir do teto, foi encomendada pelo grupo holandês VIA Outlets e está em exposição permanente no Vila do Conde Porto Fashion Outlet desde abril de 2021.
Com as suas obras, Cristina Rodrigues cria narrativas imaginárias que ligam a sua história pessoal, enquanto mulher portuguesa num contexto global, a um fantástico mundo de simbolismos. As suas instalações de arte partem da inspiração local para atingir um significado universal e conduzir o espectador contemporâneo através de um percurso transcultural e transtemporal.


Nota Biográfica
Cristina Rodrigues é uma artista plástica portuguesa nascida em 1980, na cidade do Porto. Aí estudou e começou a sua carreira profissional como arquiteta, mudando-se mais tarde para Lisboa e depois para o Algarve. Em 2009 emigrou para Manchester, Reino Unido, onde lecionou na Manchester Metropolitan University, trabalhou no centro de investigação de Arte e Design da mesma universidade e desenvolveu o seu doutoramento. Nessa altura iniciou a sua carreira como artista plástica, que a trouxe de volta ao seu país de origem.
Cristina Rodrigues é Doutora em Arte e Design pela Manchester School of Art (2016), MPhil em História Medieval e do Renascimento pela Universidade do Porto (2007) e Licenciada em Arquitetura pela Universidade Lusíada (2004).
O seu trabalho artístico foi apresentado na Europa, Ásia e América do Sul em diversas exposições a solo. Estas mostras incluem: Clamor da Maré Cheia (2021), no Jardim do Museu Nacional de Arqueologia – Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa; no Cais da Alfândega Régia de Vila do Conde; na Vinha do Mosteiro de Santo André de Ancede, Baião; e junto ao Fórum Cultural de Ermesinde; Travessia(2020), no Centro de Cultura Contemporânea, em Castelo Branco; A Casa é a Catedral da Vida (2019), no Naves Matadero, em Madrid; O Horizonte (2019), na Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea, em Viseu; Ecos do Mar (2018), no The Hillside Forum, em Tóquio, Japão; O Sudário (2017-2018), no Naves Matadero, em Madrid, Espanha; O Reino dos Céus (2017), na Catedral de Manchester, Reino Unido; Retrospectiva (2017), no Centro de Cultura Contemporânea, em Castelo Branco; O Sudário, na Colombo Art Biennale 2016, na Catedral de Colombo, no Sri Lanka; e A Paixão (2016), uma exposição distribuída por cinco dos mais icónicos monumentos de Sevilha, em Espanha: Fundação Valentín de Madariaga y Oya; Pavilhão de Portugal; Universidade de Sevilha; Casa de la Provincia e Real Alcázar de Sevilha.
Várias obras da artista plástica integram coleções de museus e entidades públicas, nomeadamente: a Catedral de Manchester e o Cheshire East Council, no Reino Unido; o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso; o Município de Castelo Branco; o Município de Viseu; o Município de Vila do Conde; o Município de Baião, o Município de Valongo e o Estado Português. Recentemente, Memories of the Sea, composta por três instalações suspensas a partir do teto, foi encomendada pelo grupo holandês VIA Outlets e está em exposição permanente no Vila do Conde Porto Fashion Outlet desde abril de 2021.
Com as suas obras, Cristina Rodrigues cria narrativas imaginárias que ligam a sua história pessoal, enquanto mulher portuguesa num contexto global, a um fantástico mundo de simbolismos. As suas instalações de arte partem da inspiração local para atingir um significado universal e conduzir o espectador contemporâneo através de um percurso transcultural e transtemporal.
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